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Vereadores ouvem insatisfação dos moradores em Audiência Publica do Transporte Coletivo

Vereadores ouvem insatisfação dos moradores em Audiência Publica do Transporte Coletivo
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A insatisfação da população de Sumaré foi o motor dos pronunciamentos dos usuários do transporte coletivo da cidade na Audiência Pública realizada pela CEI (Comissão Especial de Inquérito) que investiga o contrato entre a prefeitura e a empresa Ouro Verde. Ônibus lotados, demora na espera, péssimo estado dos pontos de ônibus, preço alto da passagem, desrespeito ao idoso, foram algumas das reclamações dos sumareenses presentes na Câmara Municipal de Sumaré na noite desta quinta-feira, 23.
Durante a audiência, que durou cerca de duas horas, os moradores usaram o direito à palavra para declarar sua indignação e revolta contra o serviço de transporte coletivo na cidade. “Eu chego a ficar uma hora e trinta e cinco minutos esperando ônibus, tempo esse que eu ia para São Paulo. Em dia de chuva, o motorista tem a coragem de estacionar perto da poça de água”, comentou o morador Hermínio.
A senhora Zuleide Aparecida Machado Nascimento revelou o descaso do motorista quando sua mãe sofreu um acidente. “Minha mãe caiu no degrau e o motorista nem deu atenção. Ele só parou o carro após ameaça de outro passageiro”, disse.
O morador do Jardim Primavera, Manoel Garcia, denunciou uma estratégia de alguns motoristas. “Eu trabalho em Campinas e por isso viajo todos os dias. Fico indignado com alguns motoristas que quando estão dirigindo na Rodovia Anhanguera estacionam o veículo para o passageiro descer antes do ponto de ônibus para evitar a entrada de mais passageiros”, disse.
Sabrina mora próximo à APAE e revela sua indignação. “Parece que os motoristas e essa empresa não têm respeito pelas pessoas deficientes, idosos e crianças. E no meu bairro essas pessoas são a maioria. Tem mãe que sai da APAE meio-dia e vai chegar em sua casa no Matão apenas três horas da tarde com o filho deficiente. Moro há quinze minutos a pé do centro e de ônibus demora quase uma hora”, revelou.
O terminal de ônibus na Avenida Mancini também foi motivo de reclamação por parte dos usuários. “Sem banheiro para funcionários e passageiros, sem água potável, sem local para os motoristas que almoçam dentro dos ônibus, sem cobertura para se proteger do sol e da chuva, enfim, uma calamidade”, disse Hermínio.
EX-FUNCIONÁRIOS DENUNCIAM EMPRESA EM AUDIÊNCIA
Durante a audiência pública, um dos presentes apresentou-se como ex-funcionário e fez graves denúncias contra a empresa. Gediael Moreira Nunes disse que foi cobrador de ônibus da empresa Ouro Verde por dois meses. Revelou que não recebeu qualificação para a função e que o funcionário é colocado para trabalhar sem orientação.
“Eu era folguista e trabalhava em várias linhas interurbanas. O ônibus vive quebrando e não tem combustível. A maioria dos ônibus urbanos não tem condição favorável ao usuário, o elevador para deficiente não funciona. O passageiro faz a denúncia para a empresa, mas ela não está nem aí”, disse.
Devido às condições do veículo, Gediael disse que presenciou alguns acidentes. “Um motorista freou bruscamente e uma idosa caiu. Eu fui ajudar, mesmo sabendo da orientação da empresa que não deixa a gente mexer na pessoa porque podemos ser processados. Fora isso, a maioria dos ônibus tem pneus carecas e isso contribui para acontecer acidentes”, comentou.
Gediael disse que há uma grande rotatividade. Os funcionários ficam no máximo três meses. “Não há reciclagem para os funcionários e o treinamento é de um dia apenas para o motorista aprender o itinerário. Fiquei sabendo que existem de 800 a 1000 processos de funcionários contra a empresa”, revelou.
Em relação aos idosos, Gediael revelou que existe sim uma orientação da empresa. “A orientação é para não pegar o idoso se os assentos reservados estiverem ocupados. A empresa não dá atenção aos idosos”, disse.
Arilene também é ex-funcionária da empresa Ouro Verde e falou sobre o período em que foi cobradora. “Tinha motorista que dormia enquanto dirigia, motorista que descia ladeiras com o veículo na banguela, motorista que passa na lombada sem frear e muito mais”, disse.
A ex-funcionária reclamou da precariedade do ônibus por dentro. “Uma vez me recusei a sair da garagem com o banco da cobradora quebrado do jeito que estava. Uma vez presenciei um acidente e só não fui atingida porque percebi o que ia acontecer e me esquivei”, comentou.
Devido ao pronunciamento dos ex-funcionários, a Comissão aprovou a convocação de Gediael para prestar esclarecimentos em oitiva que será realizada no dia 04 de agosto às 09 horas no plenário da Câmara Municipal e de Arilene para o mesmo dia às 10 horas. 



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