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Vereadores exigem do Poder Executivo a solução para o abandono da saúde

Vereadores exigem do Poder Executivo a solução para o abandono da saúde
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O vereador Welington da Farmácia (PDT) foi o primeiro a usar a tribuna no final do expediente da 16ª Sessão Ordinária na noite de hoje (21). Ele relatou que foi chamado a comparecer na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Macarenko na última quarta-feira (15) e foi surpreendido com o abandono dos pacientes e a presença da Guarda Municipal no local. “Chegando lá, nos deparamos com pessoas do nosso município que chegaram nove horas da manhã e onze, mas já era nove horas da noite e não tinham recebido atendimento. Só tinha um médico atendendo e essa empresa RPS está tendo um problema muito grande para administrar a unidade”.

O vereador Marcos de Paula (PSB) relatou que no dia de hoje uma sobrinha sua teria entrado às 14 horas na UPA Macarenko e até às 20 horas não teria sido atendida. O vereador Cícero Ceará (PDT) lembrou que ainda não recebeu as respostas às perguntas feitas à secretária de saúde, Tânia Pupo, na sabatina realizada pelos vereadores no plenário da Câmara.

O vereador Sérgio Populina (PSB) informou que também foi chamado à UPA Macarenko, mas em outra ocasião, no dia 15 de maio. “Fui informado no local que os médicos se ausentaram às 17 horas, sendo que o plantão termina às 19 horas. Por isso fiz um requerimento questionando a administração se essa ausência será descontada e se serão tomadas providências”, declarou.

O vereador Welington volta a reforçar que disse á Secretária Tânia Pupo no dia da sabatina que a realidade da saúde no município era pior do que os dados apresentados por ela. “Não sei se é falta de cobrança da administração. São 19 milhões que a RPS tem para administrar e não é pouco dinheiro. Creio que devemos tomar outras medidas. Já passou da hora”, cobrou o vereador.

O vereador Dr. Rui Macedo (PSDB) também concordou que é preciso tomar uma atitude. “Como fiscalizadores temos que tomar ações e manter um compromisso com o resultado positivo. Existem vários estudos e a situação de Sumaré é complexa. O compromisso de estar presente no plantão é de ordem ética e jurídica. Entendo que temos tomar alguma atitude pelo compromisso de uma realidade melhor”, declarou.

O vereador Ulisses Gomes (PT) mostrou sua indignação. “Era preciso ter chamado médico e não a Guarda Municipal. Quando disse que estava tapando o sol com a peneira, disse a verdade, pois é o que está acontecendo”, declarou.

O vereador Dito Lustosa (PCdoB) trouxe a informação sobre uma medida adotada pelo Conselho Municipal de Saúde. “Está presente aqui o (José Luiz) Crepaldi, do Conselho e me parece que sábado foi feita uma comissão para que em final ou começo de plantão seja verificado qual médico está faltando e fazer um boletim de ocorrência. Porque para romper o contrato com a RPS existe uma multa muito alta”, revelou.

O vereador Geraldo Medeiros (PT) também usou a palavra para destacar a urgência em resolver o problema da saúde. “Na quarta-feira fui chamado para ir à UPA e vi uma situação caótica. Mais de 200 pacientes aguardando atendimento. No final da noite apareceu uma médica, mas se recusava a atender, pois tinha medo de ser até agredida. E o que mais me dói é que a saúde foi o tema principal de uma campanha política que talvez levou esse pessoal ao comando da cidade. Dizendo que a mudança estava chegando, mas chegou para pior”, declarou.

O vereador Medeiros mostrou-se indignado também em relação à presença da Guarda Municipal no local. “Na quarta-feira junto com vários órgãos de imprensa vi que em vez de chamar médico, chamaram a GM para repreender os pacientes que estavam precisando de médico. Foi-se falado muito nessa RPS e mesmo assim foi renovado seu contrato. A mudança chegou e foi para pior. Se uma coisa não presta porque manter? Falta ação, falta vontade política, falta gestão. Não podemos criticar uma secretária de saúde porque o povo de Sumaré não votou na secretária, votou em nós e na prefeita. E quem tem a caneta para tirar e colocar o secretário é a prefeita”, concluiu.

O vereador Décio Marmirolli (PSDB) também fez coro aos outros vereadores. “Cabe sim a essa Câmara cobrar uma resposta séria. É preciso fazer uma gestão eficiente oferecendo o mais necessário, o básico que é ser atendido pelo médico e sair com remédio na mão. Não respeitar o contrato é passível de romper o contrato, mas não fazem. E a nossa população sofre com a inércia da secretária de saúde”, comentou.

O vereador João Maioral (PDT) revelou uma informação que surpreendeu a muitos presentes. “Rodrigo Portela Soares é médico cardiologista, trabalha na prefeitura e é proprietário da empresa RPS”, declarou.

O último a usar a tribuna foi o presidente Dirceu Dalben (MD) “Estamos falando de atendimento médico, da saúde. E quem é pai, quem é mãe sabe do desespero que dá quando procura um atendimento médico e não encontra. E muitas vezes não tem recursos próprios para pagar um atendimento. No começo do ano eu pedi paciência e infelizmente estamos terminando o quinto mês e nada de melhoria”, comentou.

Ele falou também sobre a medida tomada pelo Conselho. “O que o Conselho tem de autoridade para conferir horário de médico? Uma vez que o conselho é consultivo. Na unidade quem comanda é a prefeita e sua equipe e não é o conselheiro que nem salário tem. Estamos mexendo com vidas e se faltasse dinheiro podia dizer que era falta de dinheiro, mas sobra. Dinheiro tem, recurso tem. O que não tem é gestão, é comprometimento com o povo”, diz indignado.

E por último ele cobra mais atitude do Poder Executivo. “O Poder Público tem muito mais poder. O contrato tem direitos e deveres e se não estiver sendo cumprido é preciso cancelar. O que não pode é o povo continuar sofrendo. Precisamos de material humano, médicos, enfermeiros e pessoal capacitado. Não adianta cobrar de RPS ou Conselho. Tem que cobrar da Cristina Carrara”, comentou.

Ele ainda mencionou que há 16 anos quando foi prefeito a rede municipal de saúde contava com 220 médicos, quantidade próxima a atual, e mesmo assim havia dificuldades. 



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