Em sessão solene, honraria será entregue a onze professores que contribuíram com a educação no município
A Câmara de Sumaré homenageia educadores com a Medalha Paulo Freire na próxima segunda-feira (18). Respeitando os protocolos sanitários vigentes, como o uso obrigatório de máscaras, a sessão solene de entrega da honraria acontece às 19h, no auditório da Escola Municipal José de Anchieta, localizada na Rua Geraldo de Souza, 157. A medalha, que leva o nome do Patrono da Educação Brasileira, foi instituída pelo Decreto-Legislativo nº 452/2019, de autoria do presidente da Casa, vereador Willian Souza (PT).
Dos 21 vereadores, onze indicaram profissionais da educação para receber a homenagem. Autor do decreto-legislativo e presidente da Mesa Diretora, o vereador Willian Souza indicou a professora Ana Lúcia dos Anjos Santana. O vereador Alan Leal (Patriota) vai homenagear a professora Maria Emília Pereira Lopes. Já o vereador Andre da Farmácia (PSC) escolheu a professora Sirlei Aparecida da Silva Martins para ganhar a medalha.
O vereador Digão (DEM) homenageia Andréa Carrasco Soares. O vereador Lucas Agostinho (DEM) entregará a honraria à professora Gilda Ferreira do Reis Nishida. O vereador Ney do Gás (Cidadania) indicou Luana Cristina Arnequini Fregni para receber o prêmio. O vereador Rodrigo Dorival Gomes (Cidadania) sugeriu o nome de Paulo Roberto de Lima.
Já o vereador Silvio Coltro (PL) vai homenagear a professora Esther Vianna de Toledo. O vereador Sirineu Araújo (PL) entregará a medalha a Rosangela Santana Candido. O vereador Tião Correa (PSDB) indicou Claudia Aparecida Matos Casado. O vereador Ulisses Gomes (PT) prestará homenagem ao professor Marco Antônio Neves Romão.
PAULO FREIRE
A medalha aos educadores de destaque de Sumaré leva o nome do personagem cuja vida e a obra foram marcadas por sua opção a favor dos oprimidos. Nascido em Recife, em 1921, Paulo Freire valorizava a transformação da sociedade que, segundo ele, devia ser menos autoritária, discriminatória e desigual.
Sua prática na educação foi sempre coerente com seu sonho de democracia, desde os tempos de professor de escola, até aqueles em que passou a criador de ideias e métodos, os quais assistiu serem reconhecidos e divulgados pelo mundo.
Por ousar e colocar em prática uma metodologia capaz, não só de instrumentalizar a leitura e a escrita dos iletrados, ou dos alfabetizandos, mas de incitar a sua libertação, Freire foi acusado de subverter a ordem instituída e, depois de preso, durante o Regime Militar, teve que se retirar do país, seguindo o caminho do exílio. No Chile, escreveu sua principal obra: “Pedagogia do oprimido”.
Depois de 16 anos de exílio, Paulo Freire voltou ao Brasil, em 1980. Lecionou em importantes universidades como a Unicamp e a PUC de São Paulo e, em 1989, assumiu a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo.
Paulo Freire ganhou vários prêmios em todo o mundo, como reconhecimento da relevância de seus trabalhos na área da educação. Em abril de 1997, lançou seu último livro, “Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa”, e, em maio do mesmo ano, vítima de um infarto do miocárdio, acabou por falecer. Em 2012, por meio da Lei 12.612, de 13 de abril de 2012, de autoria da Deputada Federal Luíza Erundina, Paulo Freire foi declarado Patrono da Educação Brasileira.
Publicado em: 18 de outubro de 2021