Concessionária Odebrecht/BRK Ambiental teve pedido de aumento negado pela Ares-PCJ e entrou na Justiça; moção contra a empresa foi aprovada na sessão desta terça-feira
O presidente da Câmara Municipal de Sumaré, vereador Willian Souza (PT), propôs uma moção de repúdio à concessionária Odebrecht/BRK Ambiental para combater a tentativa da empresa de reajustar, pela segunda vez em menos de seis meses, a tarifa de água e esgoto no município. O documento foi aprovado nesta terça-feira (13) por unanimidade. O pedido da empresa foi negado pela Ares-PCJ e agora o caso está na Justiça.
A conta de água e esgoto em Sumaré já passou por reajuste em fevereiro de 2019, quando subiu 2,54%. Mesmo assim, em 13 de maio, a Odebrecht/BRK fez um novo pedido à Ares-PCJ (Agência Reguladora de Saneamento). Em 03 de junho, a agência negou o aumento, argumentando que pela Lei de Saneamento Básico, os reajustes só podem ocorrer em intervalos de 12 meses.
No parecer emitido pela agência, a Ares escreve que o reajuste iria “onerar demais o consumidor” e “afetaria o orçamento familiar dos munícipes de Sumaré de forma desproporcional”, uma vez que os moradores “ainda estão pagando por reflexos advindos do último reajuste aplicado”.
Diante da negativa, a concessionária entrou na Justiça, solicitando um mandado de segurança com pedido de liminar para garantir que o reajuste fosse concedido. O pedido também foi negado pela juíza da 3ª Vara Cível de Sumaré, Ana Lia Beall, em 11 de julho, barrando o aumento.
Na moção de repúdio à empresa por conta do novo pedido de reajuste,Willian Souza destaca que a tentativa da empresa ocorreu de forma velada, sem qualquer divulgação, e defende que não há melhorias na prestação do serviço que justifiquem o reajuste solicitado pela empresa.
“A concessionária fez tudo por debaixo dos panos, e felizmente a Ares-PCJ entendeu que um novo aumento seria absurdo e prejudicaria a nossa população. Antes de pedir um aumento de quase 5% como esse, a Odebrecht/BRK precisa prestar um serviço digno, fornecer água de qualidade não deixar mais de 200 mil pessoas sem abastecimento por uma semana, como ocorreu há alguns dias”, disse o presidente da Câmara.
Publicado em: 14 de agosto de 2019