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CEI do Transporte ouve moradores no João Paulo e pede a volta da linha para UPA

CEI do Transporte ouve moradores no João Paulo e pede a volta da linha para UPA
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Os moradores do bairro João Paulo II, em Sumaré, denunciaram abusos, descaso e descumprimento de horários pela empresa que administra o transporte coletivo urbano do município durante Audiência Pública realizada na noite desta quinta-feira (09) pela CEI (Comissão Especial de Inquérito) do Transporte. Dentre as reclamações ouvidas, o presidente da Comissão, vereador Ronaldo Mendes (PSDB), declarou sua indignação com a retirada da linha com origem no João Paulo e destino na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Macarenko e iniciou um abaixo assinado para levar até a empresa e trazer de volta o itinerário à comunidade.
A moradora Carla Cristina Libório relatou que um ônibus atingiu o carro da firma em que ela trabalha e o motorista pediu desculpas justificando que o veículo estava sem freio. “Outra situação que aconteceu também foi com a minha irmã. Um ônibus levou embora o retrovisor do carro dela. E isso só aconteceu porque ele estava descendo a rua em alta velocidade”, comentou.
Elza Maria contou à Comissão que sofreu durante dez anos com muita luta e muita briga até pedir transferência no emprego. “Eu chegava atrasada no trabalho frequentemente e tudo era descontado do meu salário porque eu só podia ter três atrasos no mês. O ônibus perdia peças durante o trajeto e quando tinha motorista não tinha cobrador e vice-versa. E quando o ônibus quebrava, a empresa não repunha. Teve uma vez que o volante do ônibus saiu em dois momentos e eu até ajudei ele colocar de volta. O ônibus é precário, velho e sem condição de higiene. Já até tropecei num parafuso e os horários não são cumprido”, relatou.
Luiz Antônio Siqueira tem um comércio na frente do ponto final do João Paulo e acompanha diariamente a movimentação e os problemas. “Já vi ônibus quebrar e ficar sem socorro por muito tempo. E no horário de pico é um sofrimento ainda maior para quem realmente precisa e depende do transporte público. No feriado que teve agora de Finados, por exemplo, só teve um ônibus da linha urbana circulando. Mas a população trabalha e mesmo assim a empresa não respeita o cidadão. Quando tem fiscal aí sim a empresa coloca três ônibus”, comentou.
A moradora Circi do Rocio Mariano acusou de abuso alguns motoristas do primeiro horário da manhã. “O ponto final não é em frente da minha casa, mas alguns motoristas param os ônibus ali e começam a funcionar quatro e pouco da manhã fazendo aquele barulho bem alto com os motores, sem falar naquele alarme de ré. Eu não consigo dormir mais depois disso e saio de casa para discutir com eles porque é um abuso”, comentou.
O morador Anderson Luiz Pereira disse que é preciso fiscalizar os chassis e carrocerias dos veículos da empresa. “Porque eles trocam a parte de cima e a população é colocada todo dia em risco em um veículo velho”, comentou.
Eduardo Lourenço de Macedo está de mudança para o bairro Residencial Vaughan, na região do João Paulo II, e diz que onde ele mora atualmente, no bairro Jardim Residencial Ravagnani, nem ônibus tem. Já Pedro Peixoto lembrou a situação precária na qual os funcionários são colocados diariamente. “Eles sugam completamente os funcionários”, comentou. 




Publicado em: 28 de novembro de 2017