A CEI (Comissão Especial de Inquérito) do Transporte Público em Sumaré realizou Audiência Pública na região da Área Cura nesta quinta-feira (05/10). Os moradores da região denunciaram aos vereadores os problemas e abusos da empresa Ouro Verde. A reunião aconteceu na EMEF (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Profª Anália Oliveira Nascimento.
A fiscalização do transporte foi iniciada pelo grupo de vereadores em março deste ano e as audiências públicas no mês de junho. Esse foi o quinto encontro. A CEI é formada pelo presidente vereador Ronaldo Mendes (PSDB), relator vereador Rubens Champam (PSDB), e membros os vereadores Hélio Silva (PPS), Dr. Sérgio Rosa (PDT) e Edgardo Cabral (PRB).
O morador Luiz Carlos Pereira Lima disse que o tempo de comando da mesma empresa no transporte público é prejudicial. “O monopólio dessa empresa Ouro Verde é antigo demais. O sistema precisa modificar. A bilhetagem também precisa ser revista. Não é possível pagar duas passagens dentro do próprio município para ir a locais como prefeitura, correio, banco e outros. Precisa do cartão único”, reclamou.
A falta de um ônibus que faça o percurso entre as regiões da Área Cura e Matão foi uma reclamação muito presente na fala dos moradores. “A linha existe no papel, mas a empresa não cumpre”, disse o vereador Ronaldo Mendes.
Outra reclamação partiu do ex-vereador Niraldo Ferreira de Siqueira. “A empresa não tem fiscal para todos os ônibus, muda de rota e não avisa e entre tantos outros problemas é difícil controlar tudo isso. Mas hoje com uma Câmara e um Executivo empenhados enxergo que vamos resolver”, disse.
Acidentes dentro do ônibus devido a velocidade alta também foram registrados. Efigênia Cesarina disse que muitos motoristas não estão preparados e aceleram antes do idoso ter terminado de subir no veículo. “Caí dentro do ônibus porque ele não espera a gente subir”, disse.
Suzi Sampaio relatou que frequentemente precisa pegar serviço alternativo de Uber para não perder a hora de entrar na empresa. “Já tive que pegar Uber para ir trabalhar porque o ônibus não passava. Eu saio 6h40min de casa, mas para não correr riscos de atrasar, tenho que sair às cinco da manhã para chegar às oito no serviço. Deveria ter uma cobrança maior da empresa. A gente liga lá reclamando e não acontece nada”, disse.
Gildaria de Oliveira pede ajuda aos vereadores para colocar uma linha que vá até o cemitério da saudade e fala sobre a distância dos pontos de parada. “Eu já fui assaltada no ponto e quando reclamei na Ouro verde ainda fui criticada. Eles não respondem nossos questionamentos quando conseguimos falar. Quando a gente procura um fiscal e não acha. Então precisa melhorar muito”, comentou.
Publicado em: 14 de novembro de 2017