A oitiva realizada hoje (04/08) na Câmara Municipal de Sumaré trouxe mais informações para os vereadores da CEI (Comissão Especial de Inquérito) da Ouro Verde que investiga o contrato entre a prefeitura e a concessionária responsável pelo sistema de transporte coletivo no município. Diante das revelações, foram convocados um responsável pela empresa e o sindicato dos condutores de Americana e região.
A ex-funcionária Arilene falou sobre o período em que foi cobradora e também falou como usuária. “Tinha motorista que dormia enquanto dirigia, motorista que descia ladeiras com o veículo na banguela, motorista que passa na lombada sem frear e muito mais”, disse.
A ex-funcionária reclamou da precariedade do ônibus por dentro. “Uma vez me recusei a sair da garagem com o banco da cobradora quebrado do jeito que estava. Uma vez presenciei um acidente e só não fui atingida porque percebi o que ia acontecer e me esquivei”, comentou.
Segundo o depoimento, os funcionários são admitidos ao trabalho sem treinamento. “Passei apenas por uma psicóloga antes de começar a trabalhar e hoje, com o conhecimento que adquiri, enxergo que a profissional foi muito grosseira”, disse Arilene.
As reclamações eram feitas ao porteiro da garagem, pois não havia uma ouvidoria atuante. “Mesmo assim, o porteiro não fazia nada. Não adiantava reclamar”, disse.
A insatisfação da população de Sumaré foi o motivo da criação da CEI. Ônibus lotados, demora na espera, péssimo estado dos pontos de ônibus, preço alto da passagem, desrespeito ao idoso, são algumas das reclamações constantes dos sumareenses aos vereadores na Câmara Municipal de Sumaré.
A Comissão também definiu o dia 24 de agosto para realizar Audiência Pública na EMEF (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Profª Flora Ferreira Gomes a partir das 19 horas.
Publicado em: 08 de agosto de 2017