Proposta apresentada pelo vereador Willian Souza foi aprovada por unanimidade e assinada por outros 16 parlamentares
A Câmara Municipal de Sumaré aprovou na noite desta terça-feira (01) moção de repúdio contra a ARES-PCJ (Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), responsável pela fiscalização do saneamento básico no Município. A proposta foi apresentada pelo vereador Willian Souza (PT) durante a primeira sessão ordinária do segundo semestre e recebeu 16 votos favoráveis.
De acordo com Willian, a moção foi motivada pelo descaso com que a agência reguladora trata os serviços de saneamento do município, deixando de tomar providências diante das constantes ocorrências de interrupção no fornecimento de água, bem como a má qualidade do recurso que chega até as torneiras dos usuários.
Na semana passada, a agência divulgou nota criticando os trabalhos da CEI (Comissão Especial de Inquérito) que investigou o contrato entre o Município e a empresa Odebrecht Ambiental e alegou que não foi convidada para participar da Comissão.
“A população de Sumaré tem enfrentado muitos problemas no que diz respeito aos serviços de saneamento básico prestados pela empresa concessionária. Nas últimas semanas, diversos bairros da cidade ficaram sem água por dias, sem qualquer aviso prévio de corte e sem atendimento a população quando os moradores buscam respostas aos problemas. O que percebemos é que a agência reguladora, sem tomar providências quanto à efetiva resolução desses problemas, se preocupa mais em emitir suas opiniões na imprensa questionando os trabalhos da CEI da Odebrecht do que em acompanhar a forma como o saneamento básico tem sido administrado no Município”, desabafou Willian, que foi presidente da CEI.
Segundo o parlamentar, a Comissão solicitou e recebeu documentos da ARES-PCJ e, no entendimento dos vereadores membros, foi suficiente para as investigações. “O que tem causado estranheza é o alarido que a agência reguladora tem feito na Câmara e na imprensa regional. A ARES, como interveniente e anuente no contrato de concessão, deveria ter apontado as mesmas irregularidades flagradas pela Comissão e tomado as providências que estavam ao seu alcance, ao contrário de se posicionar como espectadora, servindo apenas para conceder reajustes tarifários”, concluiu o parlamentar.
A moção de repúdio foi subscrita ainda pelo presidente da Câmara, Joel Cardoso da Luz (SDD) e pelos vereadores Marcio Brianes (PCdoB), Ulisses Gomes (PT), Sebastião Correa (PTB), Dr. Sérgio Rosa (PDT), João Maioral (PDT), Ney do Gás (PV), Professor Edinho (Rede), Fabinho (SDD), Josué Cardozo (SDD), Edgardo Cabral (PRB), Claudio Meskan (PSB), Hélio Silva (PPS), Dudú Lima (PPS), Valdir de Oliveira (DEM) e Ronaldo Mendes (PSDB).
Publicado em: 02 de agosto de 2017