O valor alto das contas e a obrigatoriedade da troca do hidrômetro foram as principais reclamações dos moradores ouvidos na última Audiência Pública no bairro realizada pela CEI (Comissão Especial de Inquérito) criada para investigar a inexecução do contrato entre a prefeitura de Sumaré e a empresa Odebrecht Ambiental.
A CPI da Odebrecht realizou audiência pública em seis regiões diferentes da cidade. A primeira foi realizada na região da Área Cura, depois Maria Antônia, Nova Veneza, Picerno, Matão e, por último, o Centro, na EMEF (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Antônio Palioto, localizada no Jardim São Carlos.
Os moradores presentes na última audiência falaram sobre valor muito alto na conta de água a partir do momento que a Odebrecht assumiu o serviço em Sumaré. “Eu e minha esposa passamos o dia inteiro fora trabalhando e meu filho estuda. Quase não consumimos água e a conta no final do mês tem valor de mais de cem reais”, disse Hélio Aparecido Elias.
Outro relato voltou a denunciar na Comissão o abuso de funcionários da empresa concessionária. “Eu não autorizei eles trocarem meu hidrômetro. Mas se a gente não deixa, eles entram mesmo assim”, comentou outro morador, Edison Aparecido Cunha.
Todas as denúncias, abusos, cópia de contas, de protocolos, de processos, fotos e vídeos foram recolhidos pela Comissão nestes meses desde a primeira Audiência Pública realizada no dia 30 de março deste ano.
Todo este material é analisado pelos vereadores integrantes da Comissão e farão parte do processo de investigação que será encaminhado, dentre outros, para o Ministério Público.
O objetivo é buscar informações sobre a situação do serviço de água e esgoto oferecido à população sumareense. Para assim, cobrar que sejam cumpridas as cláusulas do contrato com a finalidade de oferecer um serviço público digno.
Publicado em: 02 de junho de 2017