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CEI da Ouro Verde aprova convocação de secretário de Mobilidade Urbana

CEI da Ouro Verde aprova convocação de secretário de Mobilidade Urbana
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O secretário de Mobilidade Urbana e Rural, José Aparecido Ribeiro Marin, será convocado para depor à CEI (Comissão Especial de Inquérito) criada para investigar o contrato entre a prefeitura de Sumaré e a empresa responsável pelo serviço de transporte público coletivo no município prestado pela empresa Ouro Verde. A convocação foi aprovada durante reunião realizada na manhã desta sexta-feira (19/05). Também será convocado o gerente responsável pelas linhas urbanas e suburbanas.
Na reunião, a Comissão recebeu, para prestar esclarecimentos, o presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa, Luciano Massao, e os conselheiros Odete Maria Gomes e Darci Ferreira da Fonseca.
O presidente do Conselho afirmou que recebe inúmeras reclamações informais sobre o desrespeito dos motoristas e cobradores de ônibus aos idosos e faz a discussão durante reunião com os outros conselheiros. Alguns ofícios são encaminhados à SMMUR (Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Rural), sem retorno.
“A lei determina reserva de 10% dos assentos do veículo para os idosos. No entanto, esses mesmos assentos são reservados a gestas e pessoas com crianças de colo. Logo, não são vagas destinadas apenas aos idosos. Seria importante criar uma lei aumentando essa porcentagem”, diz Massao.
Com o transporte complementar, a dificuldade dos idosos seria ainda maior, segundo relato dos conselheiros. “Eles param menos ainda que os motoristas de ônibus da empresa Ouro Verde. Eles dizem que só tem dois assentos reservados para idosos porque o veículo é menor e que não podem deixar o idoso em pé”, comentou Darci.
A reclamação mais comum dos idosos é sobre o desrespeito dos motoristas que, na maioria das vezes, não param quando o idoso está sozinho no ponto, segundo relato dos conselheiros.
O vereador Rubens Champam (PSDB) perguntou sobre o tempo de esperano fim de semana. “Quando vou ao ponto de ônibus no domingo chego a ficar até duas horas além do horário do ônibus passar esperando nas paradas”, comentou Darci.
Odete afirma ter sido abandonada no ponto de ônibus por estar usando uma bengala. “Uma vez eu estava usando bengala devido a um acidente e nenhum motorista queria parar para me levar. Acho que eles pensam que eu vou dar trabalho. Foi então que apareceu uma senhora. Ela ficou comigo para dar sinal para o próximo ônibus a passar. Só assim eu consegui”, disse.
Outro problema é relatado. A conselheira Odete diz que, assim como ela, muitos idosos não enxergam de longe o número ou o destino identificado no painel localizado na parte superior da frente do veículo. Quando o carro está perto e é possível enxergar, o idoso faz o sinal, mas o ônibus não para por ter sinalizado muito próximo.
Odete diz que um problema também é a altura do degrau da frota do transporte público municipal, pois muitos idosos têm uma dificuldade muito grande para subir, principalmente quando o motorista para distante da calçada ou longe do ponto. “O motorista alega que quando não para no lugar certo é porque tem algum empecilho como uma árvore ou um carro de passeio estacionado próximo ao ponto. Mas já aconteceu de não ter nenhum empecilho e o motorista parar longe mesmo assim”, disse.
A realização de uma campanha educativa foi a solicitação do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa. “É preciso fazer uma campanha educativa nas escolas para ensinar desde cedo aos futuros cidadãos o respeito ao lugar do idoso. Já demos nossa contribuição para esse país e à nossa comunidade. Também é preciso conscientizar os motoristas e cobradores para terem mais respeito com o idoso, pois nos olham com deboche e falam frases criticando nosso direito de não pagar a passagem e ter assento reservado”, comentou a conselheira Odete.
Massao declara que o conselho depende das denúncias e que precisa receber mais reclamações do povo e da sociedade organizada. No ônibus tinha que ter o telefone do conselho e do SAC da ouro verde para o idoso ligar e fazer a reclamação.
A CEI é formada ainda pelo presidente Ronaldo Mendes (PSDB), relator Rubens Champam (PSDB) e os membros Hélio Silva (PPS), Dr. Sérgio Rosa (PDT) e Edgardo Cabral (PRB).
RECLAMAÇÃO
Massao diz que o primeiro caso contra a Ouro Verde registrado no Conselho foi um acidente em 2013. O boletim de ocorrência foi encaminhado ao Ministério Público na época. “Outra denúncia aconteceu em uma reunião do conselho. Um conselheiro informou que em determinada parada de ônibus, os motoristas não param para o idoso embarcar. Com ele aconteceu em 2014 um caso sério desses. Na época foram encaminhados ofícios a SMMUR”, relatou. 




Publicado em: 23 de maio de 2017