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Câmara realiza audiência pública para discutir corte de energia da Flaskô

Câmara realiza audiência pública para discutir corte de energia da Flaskô
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A Comissão de Assuntos Relevantes em Defesa dos Direitos Humanos da Câmara de Sumaré realiza nesta quarta-feira (19), a partir das 19h, audiência pública para discutir o corte de energia da Fábrica Ocupada Flaskô, realizada pela CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz) no último dia 30 de março.

Estão convidados para o encontro parlamentares de Sumaré e Campinas, representantes da CPFL, Prefeitura de Sumaré, OAB Campinas (Ordem dos Advogados do Brasil), Sinergia (Sindicato dos Trabalhadores Eletricitários do Estado de São Paulo), além de acadêmicos e especialistas em energia elétrica.

“Estamos acompanhando de perto a situação dramática pela qual a Flaskô está passando, e acreditamos que é importante trazer essa discussão para a Comissão de Direitos Humanos por se tratar da defesa dos postos de trabalho para dezenas de pessoas que dependem da fábrica para sustentar suas famílias”, disse o vereador Willian Souza (PT), presidente da Comissão.

O parlamentar pede ainda que a CPFL religue a energia da fábrica e retome as negociações com os trabalhadores. “Na semana passada, apresentamos uma moção de apelo à CPFL para regularizar a situação da fábrica, inclusive esse gesto seria coerente com o compromisso da CPFL frente às questões sociais, respeitando os princípios e as diretrizes éticas assumidas pela concessionária frente ao público consumidor”, finalizou Willian.

Para o coordenador do Conselho de Fábrica da Flaskô, Pedro Além Santinho, levar a discussão para a Câmara é uma maneira de aproximar a Flaskô do Poder Público, evidenciando que a empresa carrega forte responsabilidade social. “A CPFL tem nos tratado como uma empresa comum, e a Flaskô é uma fábrica que significa mais que a simples manutenção dos 54 postos de trabalho. Está inserida num contexto importante para o Parque Bandeirantes, para a Vila Operária, para a cooperativa de lixo que funciona nas suas dependências. Seu fechamento seria desastroso sob vários aspectos”, garante.

Santinho explica ainda que os trabalhadores reconhecem a dívida de R$ 1,5 milhão com a CPFL e esperam retomar as negociações para formalizar um acordo e pagar os débitos. “Nunca fugimos de negociação. Pagamos em 100 vezes a dívida deixada pelos patrões. Agora, a crise econômica e o pagamento da antiga dívida impactaram gravemente o fluxo de caixa para seguir com os pagamentos de energia”, ponderou.

A Flaskô produz bombonas plásticas e é a única fábrica ocupada do Brasil, produzindo sob controle operário há 14 anos. No terreno da Fábrica foi iniciada uma ocupação de moradia em 2005, dando origem a Vila Operária e Popular, onde hoje vivem mais de 500 famílias. 




Publicado em: 18 de abril de 2017