A situação da saúde em Sumaré irá receber uma atenção mais que especial a partir deste mês na Câmara Municipal. Os vereadores aprovaram a criação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar irregularidades na execução do contrato entre a Prefeitura e a Organização Social Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar. A entidade é responsável pela gestão de serviço de saúde e administração hospitalar no município.
O pedido para abertura da Comissão foi apresentado pelo vereador Décio Marmirolli (PSB). Por isso, como prevê o regimento interno, ele torna-se o presidente. Após a aprovação, foram eleitos para o relator Marcio Brianes (PCdoB) e os membros João Maioral (PDT), Prof. Edinho (REDE) e Valdir de Oliveira (DEM).
“A péssima situação na gestão da saúde está trazendo riscos irreparáveis à saúde da coletividade, colocando em risco muitas vidas, entre elas, idosos, crianças e mulheres. Sabemos que a saúde é um dever do Estado porque é financiada por impostos que são pagos pelos contribuintes e os municípios, Estados e União têm que criar condições para que toda e qualquer pessoa tenha acesso aos serviços de saúde, hospitais, tratamentos, programas de prevenção e medicamentos”, comentou Marmirolli.
No contrato foi determinada a operacionalização da gestão e execução das atividades e serviços complementares da saúde desenvolvidos na Unidade de Pronto Atendimento UPA 24 Horas e PA Matão 24 horas. O valor inicial para doze meses foi de R$ 3.017.400,00 divididos em 12 parcelas iguais e sucessivas. Em 21/08/2016 foi celebrado o 2º termo aditivo ao contrato original, acrescendo-se o valor de R$ 250.000,00.
No pedido para abertura da CEI, o vereador Décio destaca que desde o início da gestão contratada, passaram a ser freqüentes as reclamações dos usuários quanto ao atendimento nas unidades de saúde, ora pela falta de profissionais, ora pela falta de medicamentos e insumos. “Em diligência in loco ao UPA, foi constatado que somente os casos de urgência/emergência estavam sendo atendidos. Havia centenas de pacientes à espera do Pronto Atendimento há mais de 6 (seis) horas, pela falta de profissionais”, comentou o parlamentar.
Publicado em: 13 de fevereiro de 2017