Em Sumaré, diversos caminhões de lixo vindos de outras cidades passam dentro dos bairros causando transtornos à população com a deterioração do asfalto e trazendo mau cheiro às residências e comércios, inclusive restaurantes. Diante dessa situação, 14 vereadores reuniram-se nesta segunda-feira, dia 30 de janeiro, na Câmara Municipal, e decidiram pôr fim a esse transtorno.
A reunião solicitada pelo vereador Nei do Gás (PV) contou com a presença do presidente Joel Cardoso da Luz (SD), do vice-presidente Fininho (PSD) e dos vereadores Cláudio Meskan (PSB), Dudu Lima (PPS), Fabinho (SD), Josué Cardozo (SD), Marcio Brianes (PCdoB), Prof. Edinho (REDE), Rubens Champam (PSDB), Rudinei Lobo (PRB), Tião Correa (PTB), Ulisses Nunes (PT), Valdir de Oliveira (DEM) e Willian Souza (PT).
Os moradores denunciaram aos vereadores as situações de insalubridade e periculosidade, cobrando solução para encerrar essa “Rota do Lixo”. “Essa situação precisa acabar e se for preciso devemos procurar o MP (Ministério Público) para impedir os caminhões de trafegarem dentro da área urbana. Em Paulínia há uma proibição e nenhum destes caminhões de lixo passa por lá. Por que aqui em Sumaré pode?”, questionou Nei do Gás com os outros vereadores.
Dentre os relatos, até casos de atropelamentos por caminhões de lixo foram citados. “Já chegou até mim denúncia de caminhão acima do peso e também fiquei sabendo de atropelamento de uma criança por um caminhão de lixo em alta velocidade”, comentou o vereador Rudinei Lobo.
O trajeto conhecido como “Rota do Lixo” atinge bairros da região do Maria Antônia/Dall’Orto. Dentre os prejuízos, está a denúncia de que os caminhões com carga acima do permitido sobrecarregam a malha asfáltica provocando buracos e desnível. “Eu tive uma conversa informal com a empresa de aterro sanitário localizada em Paulínia e eles me disseram que reparam os danos causados no asfalto. Mas não podemos nos contentar com ações reparatórias, pois se torna um ciclo sem fim. Precisamos desviar essa rota. O que se gasta com reparação já podia ter construído uma estrada”, comentou o vereador Dudu Lima.
Outro malefício diz respeito ao mau cheiro exalado pelo lixo nos caminhões e também pelo chorume, muitas vezes derramado por todo o caminho. “O mau cheiro fica mais forte ainda quando chove. Se alguém visitar uma casa depois de um dia de chuva desiste de comprar, pois o cheiro é muito forte”, comentou Rudinei.
Além das residências, comércios como restaurantes, drogarias, sorveterias, academia e outros, sofrem com o cheiro insuportável. Também há uma escola na “Rota do Lixo” que precisou improvisar outra entrada e saída para alunos, a qual não é adequada, pois há o risco de atropelamento devido a alta velocidade que alguns desses caminhões praticam.
Os vereadores decidiram oficializar a prefeitura imediatamente com uma lista de questionamentos que possam orientar o melhor caminho a ser tomado pelo Legislativo a fim de resolver o problema. “Antes de tomarmos uma atitude precisamos nos informar, saber sobre as multas aplicadas a esses caminhões, se existe um convênio da prefeitura com a empresa de aterro sanitário e se está sendo honrado, entre outras coisas”, comentou Willian Souza (PT).
Em conjunto, os vereadores redigiram um ofício para encaminhar ao Poder Executivo. As repostas que serão recebidas irão definir o rumo que o Legislativo pode tomar para ajudar a população prejudicada pela “Rota do Lixo”.
Publicado em: 01 de fevereiro de 2017