O vereador Willian Souza (PT) cobrou o rompimento do contrato entre a Prefeitura de Sumaré e a Associação Pró-Saúde, responsável pela UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Macarenko e PA (Pronto Atendimento) do Matão. O pedido foi feito na tarde desta quarta-feira (11), no gabinete do prefeito Luiz Dalben (PPS). Após o protocolo, um grupo de 150 pessoas saiu em passeata da Prefeitura até a UPA, cobrando a saída da entidade.
“A Pró-Saúde é a responsável pelos principais serviços de urgência e emergência da cidade, mas infelizmente perdeu o controle da situação após uma sucessão de erros. Primeiro, a ex-prefeita Cristina Carrara foi irresponsável ao deixar de fazer os pagamentos. Depois, a entidade passou a descumprir as cláusulas contratuais, gerando paralisações por parte dos seus funcionários, o que acabou comprometendo o atendimento médico na cidade”, comentou Willian.
Durante a manifestação dessa tarde, os vereadores Willian Souza e Márcio Brianes (PCdoB) realizaram diligência na unidade e foram recebidos com truculência por uma funcionária que tentou impedir o acesso dos parlamentares. Até as 17h, a UPA tinha registrado 120 atendimentos. O número representa apenas 30% da média diária, que ultrapassa os 400 atendimentos.
Em outubro, os profissionais contratados pela associação iniciaram a chamada “operação tartaruga”, reduzindo os atendimentos e priorizando apenas os casos de urgência e emergência. A iniciativa foi motivada pelos atrasos no pagamento. Nesse período, uma reunião realizada no Ministério Público do Trabalho entre representantes da Prefeitura, entidade e Sindmed (Sindicato dos Médicos de Campinas e Região) terminou sem acordo.
Ainda em outubro, a Justiça determinou que os funcionários da Pró-Saúde retomassem o trabalho, no entanto, os profissionais descumpriram a decisão judicial e mantiveram os atendimentos reduzidos.
“A situação da saúde no município é caótica. Os moradores estão buscando atendimento médico em cidades vizinhas. Essa situação vem se arrastando a mais de três meses. Com saúde não se brinca. Vamos tomar todas as providências contra a Pró-Saúde, inclusive com a abertura de Boletim de Ocorrência para denunciar as irregularidades e a tentativa de impedir nossa entrada no local”, criticou Willian.
Publicado em: 12 de janeiro de 2017