Grande parte das reclamações protocoladas no gabinete itinerante “A Tenda do Povo”, durante toda esta quinta-feira (14), foi sobre transporte público. O projeto, do presidente da Câmara, Dirceu Dalben (PROS), esteve no Jardim João Paulo II, Região Central de Sumaré e atendeu no total 104 pessoas. Estima-se que quase 300 passaram pelo local.
“Aqui demora muito pra passar o ônibus. A gente perde muito tempo no ponto”, se queixou uma moradora local. As pessoas que visitam o gabinete, também lamentaram a dificuldade de deslocação para as cidades de Americana e Campinas. A Tenda permaneceu até as 16h na esquina da Avenida Ivo Trevisan com a Rua João de Vasconcelos, nas proximidades do Posto de Saúde.
A Unidade de Saúde Evangelina Ferraz Pereira também foi alvo de algumas queixas. “Os moradores explicaram que mesmo possuindo um posto de saúde perto de suas casas, ele é útil apenas para fazer consultas agendadas. O local não atende a demanda emergencial mínima para dar mais conforto para a população. O ideal seria transformá-lo em um pronto atendimento”, disse Dalben. “Hoje mesmo um senhor veio até aqui para medir a pressão e a enfermeira disse que estava alta e que ele deveria procurar um médico. Oras, ele deveria ser atendido aqui mesmo”, concluiu o vereador.
Segundo a assessoria do parlamentar, as reclamações protocoladas durante todo o dia servem de base para indicações, requerimentos e até mesmo projetos de lei.
AMBULANTE
O autônomo João Carlos Facio foi uma das pessoas que conversaram com Dalben durante o dia. Ele lembrou que em meados de maio, a fiscalização da Prefeitura o impediu de vender verduras e legumes em frente ao posto de saúde. “Eles vieram com brutalidade e má educação. Levaram minhas caixas e todos os meus produtos. Só não levaram meu carrinho porque não deixei”, explicou. Segundo Facio, há mais de seis anos ele comercializa os produtos que são plantados no Assentamento da cidade. “Eu fui à Prefeitura, conversei com um assessor da prefeita e ele me disse que eu poderia ficar”, completou.
Um fato parecido aconteceu no dia 05 de setembro, com o também autônomo José Francisco da Silva. Ele comercializava sucos e salgados em frente ao Campo do Sete, no bairro Condomínio Coronel, Região do Matão, há mais de dois anos. Segundo Silva, não houve aviso prévio e ordem judicial. Na ocasião Dalben ressaltou que “fiscalizar é uma atitude necessária e obrigatória, desde que se faça sem truculência e humilhação, principalmente com os mais carentes”. Ele lembrou ainda que “muitos ambulantes estão trabalhando de forma informal, mas pelo consentimento da Prefeitura”.
Publicado em: 14 de novembro de 2013