Cerca de 30 servidores públicos de Sumaré do Programa Municipal de Controle da Dengue (PMCD) estiveram na manhã de hoje (23) na Câmara Municipal para pedirem apoio dos vereadores. Os funcionários, que foram acompanhados pelo sindicato da categoria, buscam melhores condições de trabalho.
“Nós procuramos a Câmara, pois é o único lugar que nos atende, pois não somo recebidos pela Prefeitura. É um absurdo”, relatou a Presidente da Associação dos Servidores Municipais de Sumaré, Mônica França. “O servidor público não pode ser tratado assim. Tem hora que chega ao limite. A maioria dos agentes é mulher e está sendo tratada pela prefeita como lixo”, concluiu.
Os vereadores Geraldo Medeiros (PT), Clauduir Menes, o Claudio Meskan (PSB), Joel Cardoso (PPL) e Heliomar Geremias dos Anjos, o Mineirinho (PSC), receberam a comissão.
Os servidores criticaram o imóvel, onde fica a sede do PMCD. “Toda a mobília foi doada. A casa é muito apertada, tem apenas um banheiro para 40 pessoas. Nós temos que almoçar na sarjeta, pois não tem mesa”, disse uma das servidoras. Além do imóvel, o micro-ônibus que faz o transporte dos funcionários até os bairros, a escassez de filtro solar com repelente e falta de bonés também foram alvos de críticas.
Muitos servidores alegaram ainda que já sofreram represálias e assédio moral dos coordenadores responsáveis.
Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Sumaré, Araken Lunardi, o sindicato da categoria deve entrar com uma representação no Ministério Público, cobrando providências. Os servidores devem permanecer em greve até que as reivindicações sejam cumpridas. Os vereadores também devem protocolar um documento nesta semana, cobrando providências da Prefeitura.
PELA SEGUNDA VEZ
O caso já foi denunciado no dia 19 de setembro, quando o vereador Ulisses Gomes (PT), visitou a sede do PMCD, no Parque Franceschini, Região Central da cidade, onde foram constatadas as irregularidades. Cinco dias depois, o vereador encaminhou para a Prefeitura, uma Moção de Apelo. “Esperamos que estes funcionários tenham condições mais dignas de trabalho” , disse Gomes na ocasião.
Um mês após o envio do documento, a Prefeitura ainda não tomou as devidas providências. O PMCD é subordinado à Secretaria Municipal de Saúde.
Publicado em: 23 de outubro de 2013