Cerca de 20 Agentes de Combate de Epidemias, profissionais lotados na Secretaria de Saúde de Sumaré, cruzaram os braços na manhã de ontem (19), por falta de estrutura. A denúncia foi feita ao vereador Ulisses Gomes (PT), que foi até a base dos agentes. O micro-ônibus que transporta a equipe até o trabalho em campo foi o maior alvo de reclamação.
Segundo apuração do vereador, o veículo está em más condições, com pneus carecas, assoalho furado, bancos rasgados e painel de instrumentos quebrados. Gomes também notou a falta de cintos de segurança, tacógrafo e do martelo de emergência.
Os funcionários garantiram que o micro-ônibus está neste estado desde maio deste ano e sentem que “suas vidas estão em risco”. A supervisora Solange Santos relatou um acidente que ocorreu no início de junho. “A tampa da entrada de ar do teto está despedaçando e caiu fibra nos meus olhos. No mesmo dia eu fui até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e me disseram que por muito pouco a córnea não foi cortada. Eu poderia ter ficado cega”, desabafou.
Após ouvir as reivindicações de trabalho, Gomes defendeu os profissionais e criticou a Prefeitura. “Isso é um descaso com o funcionalismo público. Essas pessoas tinham que estar na rua trabalhando, contentes de servir à população e infelizmente estão aqui desassistidas pela administração”, disse.
A equipe estava numa casa da Rua Vécio José Alves, no Parque Francheschini, Região Central da cidade. Os agentes deveriam estar vistoriando residências no Parque Regina, Região do Matão, segundo o cronograma de Combate à Dengue.
Ainda há relatos de falta de identificação, como crachás ou camisetas, o que impede o trabalho dentro das casas e de baixa quantidade de protetor solar.
“Vamos tomar as providências cabíveis e ajudar quem quer trabalhar de fato nesta cidade”, conclui o vereador.
Publicado em: 20 de setembro de 2013