Cerca de 60 moradores da Vila Operária de Sumaré participaram da sessão na noite de anteontem (13), na Câmara Municipal. Os moradores pediram ajuda dos vereadores da cidade para regularizar o bairro que fica na Região da Área Cura. Eles estão sendo pressionados pela Justiça por ocuparem uma APP (Área de Proteção Permanente), que cobra desocupação.
A Vila Operária é resultado da falência da empresa Flaskô. Em fevereiro de 2005, antigos funcionários da fábrica ocuparam o terreno dos antigos proprietários, como forma de indenização. Hoje, mais de 500 famílias vivem no local.
O presidente da Câmara de Sumaré, Dirceu Dalben (PPS), recebeu um documento com diversas reivindicações, dentre elas asfalto, iluminação, rede DE esgoto, serviços de saúde e correios. O documento foi entregue por Neusa de Lima Carvalho, representante dos moradores, que defendeu que “o direito a moradia é um direito muito justo."
Antes de chegar à Câmara, os moradores protestaram em frente à Prefeitura e criticaram a recepção. “Fomos mais uma vez, de forma escrupulosa, atendidos pela Prefeitura. Hoje ninguém recebeu a gente”, lamentou Neusa.
Dalben afirmou que a regularização da Vila Operária depende da vontade da Prefeitura e que a Câmara estará sempre disposta a contribuir com a legalização. “Quero deixar registrado que esta Casa de Leis sempre estará de portas abertas para que as pessoas tenham voz. E neste primeiro momento, temos que evitar o despejo das 55 famílias que estão em condições de risco de perderem seu teto”, destacou.
Dalben propôs uma comissão entre vereadores, moradores e representantes do Poder Executivo e Judiciário para uma conciliação.
OFÍCIO
Em maio deste ano, Dalben e o Vice-Prefeito, Luiz Alfredo Dalben, entregaram um ofício ao Secretário Estadual de Habitação, Silvio Torres, pedindo a regularização do bairro.
Publicado em: 22 de agosto de 2013